segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Acordo com a boca seca e o som das pequenas asas de uma borboleta cor de terra, que se joga em desespero contra as paredes da escadaria.

Malditas borboletas.

Estou doente, pelo menos é assim que me sinto.

Meu corpo queima, minha garganta raspa como dobradiças velhas sem manutenção.

Um dia inteiro sem fumar um único cigarro. Sua mão treme de vez em quando e aperta o nada, e então você percebe que 4.700 substâncias tóxicas não são nada comparadas a encarar de frente a fonte da sua raiva (que só a pouco você aprendeu que era realmente raiva, e não outra coisa).

Mas você, seu grande filho da mãe, fez uma promessa, (e dizem que você não é bom com elas, mas dizem tanta coisa que você parou de escutar...)

Quase lá, quase lá...

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