segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Acordo com a boca seca e o som das pequenas asas de uma borboleta cor de terra, que se joga em desespero contra as paredes da escadaria.

Malditas borboletas.

Estou doente, pelo menos é assim que me sinto.

Meu corpo queima, minha garganta raspa como dobradiças velhas sem manutenção.

Um dia inteiro sem fumar um único cigarro. Sua mão treme de vez em quando e aperta o nada, e então você percebe que 4.700 substâncias tóxicas não são nada comparadas a encarar de frente a fonte da sua raiva (que só a pouco você aprendeu que era realmente raiva, e não outra coisa).

Mas você, seu grande filho da mãe, fez uma promessa, (e dizem que você não é bom com elas, mas dizem tanta coisa que você parou de escutar...)

Quase lá, quase lá...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

The Wolverine's Effect


O mundo lá fora não bate tão forte assim, Xará.

Caralho, PUTAQUEPARIU, VAITOMARNOCUCOMAREIAPORRA!

Dentro de alguns dias, toca nova.

Imagens de dificil descrição correm pelo meu corpo psiquico, arrepios se tornam tão comuns quanto o movimento do mar em praias desertas.

EU TENHO ASAS PORRA!

E como estou feliz...

Thx por jogar minha vaca precipício abaixo.

Te faço uma música um dia.

Que venham os ursos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Despedidas


Ontem me despedi de minha terapeuta, despedidas estão encontrando um lugar novo dentro de mim.

Fico pensando nas duas décadas "perdidas" de minha vida, o quanto me esforcei para agradar as pessoas e o quanto me frustrei e me martirizei com essa escolha.

Muita coisa mudou, não fora, mas dentro.

Sou capaz de coisas que considereava inantigíveis, dentre elas, dormir e acordar sem carregar podridão em demasia na minha alma.

Hoje percebo quem sou, e lampejos de possibilidades futuras, me cercam de uma alegria inexplicável.

Uma coisa deve-se aprender com os erros, ser fiel a você mesmo é algo que precisa ser introjetado.

Você é muito mais capaz de ajudar as pessoas quando está cuidando de si.

Como diria Conan que mais tarde teve sua idéia roubada pelo bigodudo do Nietzsche: "O que não mata, fortalece".

Boa noite, estranhos.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

The Herbie's effect


A priori era para ser "The Christine's effect", mas recentemente percebi que a situação era mais engraçada do que violenta...

Meu carro tem vida própria! E por mais bizarro que possa parecer, o ênfase maior está no pronome possessivo "meu", digo isso porque comprar o primeiro carro é um prazer que há algum tempo atrás não pululava na minha mente.



Momento comparação tosca on:
É como se fosse o movimento das minhas juntas que impulsionasse meu carro para frente, e o suor que derramo cheio de idiossincrasias que alimentasse seu sistema gastro mecânico.

WOW!

Bem, o sistema de trancas do dito cujo (Ronnie para ser mais fofo) está zicado, eu o tranco com a chave e momentos depois quando eu viro as costas (e isso é o mais importante) ele se destranca.
Em alguns momentos o rádio também pareceu ter ligado por conta própria, estilo o Bumblebee em Transformers...

Dias nublados foram envolvidos por trilhas sonoras nostálgicas, dando um tom pastel nas lembranças...
Time after time

E o bastardo realmente liga nas músicas que desejo ou evito escutar...

Bem, daqui a pouco vou levar o Ronnie, (meu autobot o/) para uma checagem na oficina, mas claro que possuo a ciência de que vou ter que continuar o nosso trabalho psicoterápico para que a transferência se torne a melhor possível. Não sou o primeiro proprietário, então estamos discutindo a relação; ele se acostumando com a minha dinâmica na direção e eu lidando melhor com o etilismo da parte dele.


segunda-feira, 3 de maio de 2010

The Ghost Rider's effect.


Sintam o meu olhar de penitência!

É interessante criar novas teorias na tentativa de sobrepujar o caos pessoal, ultimamente tenho sentido o meu rosto em chamas, e parece que o "olhar de penitência é refratado por sistemas vítreos de comportamento...

Sim, a vida está diferente, bizarramente diferente, tenho feito coisas que nunca havia cogitado ser capaz de fazer, muitas delas relacionadas ao meu crescimento e independência.

Mas quando se busca coisas dentro de você, não são apenas arcas cheias de tesouros que surgem como espólios...

O lodo também carrega criaturas abissais das quais boa parte da humanidade passa toda a sua existência tentando negar.

E quando essas criaturas tentam quebrar o invólucro da ignorância, sinto a minha cabeça em chamas, e a imagem, pulsão de morte, começa a dançar de uma maneira macabra... (Le Danse Macabre?)

Sinto que caímos em abismos com a intenção de resgatar coisas, nesses últimos dois anos obtive uma séria de novas ferramentas , algumas são simples e óbvias, outras parecem necessitar de enorme energia para serem manuseadas.

Viver é perigoso, oscilo entre uma satisfação infantil e um medo de homem crescido.

Meu trabalho dentre outras coisas desempenham o papel de me mantarem em movimento, a estagnação é um mal que deve ser combatido...

Acho que voltar a escrever, (aqui e em outros lugares) me ajuda a sentir o significado das coisas de maneira mais sincera, assimo como me faz escoar um pouco da energia contida em minha mente.

Tenho tentado banir a dicotomia de corpo e mente, tenho fumado menos, cheguei a fumar um cigarro por dia por um tempo, mas é difícil fugir da estranha calma que herdei quando queimo um dos vinte bastonetes do pequeno relicário dourado...

Talvez um dia tenha menos vícios, menos medos e mais gibis.